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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Intitulável"

Não aconselho ouvir a All you need is love, apaixonadinha e com um bloco de notas aberto! Veja bem, chega na parte:

"There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy
There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time"

..e você começa a realmente acreditar que tudo pode ser feito, dito ou escrito, porque é fácil fazer isso.. Como se libertar as ideias que estão há um tempo presas na mente fosse simples como subir num terraço e fazer as coisas terem sentido...

Vi de novo o Across, ainda adoro a cena dos moranguinhos (Strawberry Fields Forever), a "Revolution" ainda faz sentido pra mim, a "Hey Jude" ainda me arrepia, a "With a Little Help From my Friends" sempre me traz boas lembranças, acredito apenas um pouco menos na "All my Loving", e a "All you Need is Love" me fez sentar pra escrever sobre coisas, que há um bom tempo eu não sentia vontade, coisas que para uma idiota cabeça dura como eu não são tão fáceis de admitir...

Nada que precise ser demasiadamente explicado, só aquela estúpida vontade de sorrir de vez em quando, por provavelmente nada, ou por alguma boa lembrança recente; gagueiras de leve; rubores desnecessários; achar um Serenata de Amor mais gostoso do que o que ele é de fato.. E você se dá conta disso, quando ri sozinha descendo a escada helicoidal da Faculdade de Arquitetura.

Aquele nervoso de não saber o próximo passo diante de um sorriso de canto de boca, meio Monalisa que expressa bilhões de estados de espírito ao mesmo tempo sem me deixar perceber com qual deles devo me preocupar naquele momento, que não me deixa pistas se estou no caminho certo ou não! Jeitos e gestos que indefectivelmente te fazem sorrir e te deixam com poucas palavras.. E estranhamente confiar de graça, graças a uma impressão, provinda de lugar algum, de que o conheço há um bommm tempo!

E eu tinha me dito que não me permitiria, não me machucaria, estava bem no meu plano infalível, ou tão bem quanto o meu plano cheio de arestas "inaparáveis" me permitia.. Afinal fases de desapego, definições e aplicações eufóricas da ideia que "eu construí" de liberdade serviram apenas pra jogar em minha cara o quão hipócrita e negligente eu consigo ser em um texto com quantidade de caracteres relativamente ilimitada!

Liberdade não é estar sozinho, nem tampouco estar com todo mundo e não estar com ninguém! Quando se é realmente feliz você está livre, e pra ser feliz, o seu único dono deve ser você mesmo.. Os outros apenas pagam o aluguel do coração com carinho, afeto, ahaaha perversão (se for de seu gosto) e companhia! Ser feliz, como, e com quem for, não te prende! Vinculos não são amarras (ao menos não precisam ser), deixe acontecer, despreocupe-se com estéticas de relacionamento, nomenclaturas de sentimentos.. E aproveite a vida da maneira que achar apropriado, da forma que a maioria das pessoas não consegue!

Um comentário:

  1. Tu sabe q sou sua fã neh?
    Ainda mais por vc conseguir descrever tao bem esses sentimentos... fico feliz em te ver feliz! O que me desespera eh admitir q tudo q vc escreveu eh verdade! hahaa
    Vc deveria escrever com mais frequencia, sabia?
    Um beijo!

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