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sábado, 14 de janeiro de 2012

.. num pedaço de qualquer lugar!



E na estória dessa semana a protagonista é daquelas que costumam ter uma serie de interpretações alheias equivocadas que podem ser facilmente desconstruídas..

Você olha de longe e vê logo aquele cabelão passando junto com uma menina pequena com uma cara que pode se estender da expressão de mais puro autismo e lerdeza a uma certa empáfia, quando na verdade ela esqueceu os óculos e esta tentando ver o número da sala.. E você vê essa pequena com tantos livros e números na cabeça não imagina que na bolsa cabe uma sapatilha de ponta e os grampos pra prender às ideias aos cabelos e correr pro ballet.. E aí você imagina uma metidez que se desfaz no sotaque manso soteropolitano da primeira conversa!

E todo mundo pensa em como se aproximar, e pensa e pensa e não se aproxima.. E isso irrita essa menina que tem uma idade real diferente da idade mental diferente da idade que o físico demonstra ter! E em cada um dos seus cento e sessenta e poucos superestimados centímetros ela vive como qualquer outro ser humano sofre, se diverte, embebeda, se apaixona, faz besteiras e é certinha quando preciso..

Esses dias ela me contou de como se apaixonou perdidamente por um daqueles casos irremediáveis de "Roubada.com" eu acompanhei, porque enquanto narradora observadora inata eu não pude deixar de fazê-lo.. O que eu percebi? Que as pessoas julgam demais, pensam demais, agem muito pouco e sofrem (por antecedência, por consequência.. mas sofrem)! Eu acredito na beleza de algumas coisas, de alguns momentos.. Eu acredito na sabedoria de algumas decisões idiotas!

Como narradora, eu só posso observar, talvez apontar os caminhos sem guiar ninguém.. E você que vê hoje essa moça mais cabisbaixa, mais tristonha, mais pensativa, com sorrisos de horas marcadas e com destino certo.. Tenha em mente que nada disso é duradouro, que pessoas assim pequenas, versáteis e especiais estão fadadas somente a coisas boas! A fragilidade dessas pessoas é apenas um charme, não se engane ela tem dedos delicados para dar nós na sapatilha, mas tem pulso forte o suficiente pra fazer operações da mesa do torrista sem pegar muito ar..

Alguém tem que contar a ela (porque eu não posso, aquela coisa de não influenciar na história sabe?) que essas roubadas não acontecem ou aparecem com freqüência, e que se aparentemente não servir de nada no fundo no fundo vai ter sido pelo menos um aprendizado! E que alguém lembre a ela por favor que pra cada decepção existe um bom Open Bar.. Porque fundamental é saber que uma boa besteira só é corrigida com outra! E depois do Open bar, vai ter alguém do lado pra segurar as lagrimas sem dizer nada! E que mais importante que TUDO isso, tudo pode dar certo e esse é o único pensamento que essa menina tem que ter em mente.

A estoria anterior não conseguia por sua essência ter um fim, apenas continuação.. Esta, e isso eu digo com a certeza que sempre tenho em dizer as coisas mesmo quando estou equivocada, está apenas no "Era uma vez..", um daqueles começos complicados como os bons são.. Pra que no fim, se não forem "Felizes para sempre" serão pelo menos "Lembranças para sempre", porque assim como eu, essa moça que insiste em transparecer uma cara de Sheldon explodindo cabeças não guarda coisas ruins no coração...

2 comentários:

  1. Sem palavras agora...!!! Voltarei para comentar assim que me restabelecer!

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  2. É incrível como você consegue traduzir as coisas mesmo estando a alguns km de distância.
    A música não poderia ser melhor e cada palavra eu sei que foi escolhida a dedo.
    Vou cobrar o 'open bar' quando a senhorita voltar, viu?
    O fim disso tudo tá muito longe do "Felizes para sempre" mas o "Lembranças" eu garanto!!
    Já chega, não posso falar demais não, porque lágrimas você já roubou todas...
    Estou anciosa para as próximas, não demore!!!!! =D

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