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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

..eu te prometo apenas o que de melhor eu tenha a oferecer!



Então minha gente, hoje não tem Lila, ou Gordos, ou filhas fofas, nem tragédias, nessa estória não cabem tragédias.. Tem uma Ana (tão próxima que sou quase eu) nessa estória, e um Lucas que apareceu eventualmente!


"Ana é uma menina meio aparvalhada, meio durona, sempre sorridente, às vezes bolo doido, que por um desses trejeitos do destino, como sempre o destino é; teve a sorte de se apaixonar perdidamente num desses verões de salvador por um Lucas cheio de pintinhas e que pedia um Subway igual ao dela, na época mais feliz de suas vidas em que o baratíssimo era de almôndegas.

E eles foram se conhecendo um bocado, um bocado mesmo e de uma vez só, cheios de pressa, mas sempre muito cheios de carinho um pelo outro, ele não sabia, acho que até hoje ele não sabe, tudo de tudo que ela pensa sobre ele, mas ela me conta muita coisa, muito de tudo o que ela pensa, quando ela não esquece ou se atrapalha..

Eles se perdem em pensamentos e devaneios insanos muitas vezes, mas dá pra ver de longe tudo o que ela quer dizer quando grita Alvin e dá um beijo na ponta do nariz dele; e foram muitos sorrisos, suspiros, mordidas, abraços, pirraças, cócegas, beijos, bocas, pernas, mãos.. muitas palavras desde aquele verão bonito! Foram muitos dias de sol, um sol tímido ou resplandescente e sorridente como os dois!

Ela sabe o que ele quer dizer quando não diz, e o que não quer mesmo que diga; depois de um tempo dá pra perceber. E os olhos dela brilham (embora ele a force a beber água dizendo que os olhos estão ressecados) sempre que ela fala do imenso orgulho de tudo o que ele foi, é e será e de tudo o que ele representa hoje, porque o ontem já mudou e do futuro ninguém sabe, nem quer saber muito agora, porque não cabe no contexto! O sentimento dela agora já enche toda a caixa de dimensões infinitas que ela reservou pra isso..

Ela também já me disse, mas isso foi depois de eu lhe forçar umas duas taças de vinho, que não havia experienciado ainda tamanho carinho e preocupação por alguém que não tinha um traço de DNA compatível.. O que não precisava ser dito, mas foi divertido de arrancar daquela cabeça dura!

Estou escrevendo isso, porque me pareceu apropriado, é aniversário dele, Lucas, nunca vi Ana assim, falando assim, e tão preocupada em não errar, não magoar (não a si, mas a ele), falando deles de forma espontânea como nunca foi sobre nenhum outro relacionamento.

Acho bom, significa que ela cresceu, não por ele ou com ele, apenas cresceu! E digo, apenas em alguns aspectos! Ela ainda seria capaz de correr gritando com algum objeto ridículo na cabeça pra arrancar algum sorriso.

Ele? Ele eu não sei o que ganhou com isso, não converso muito com ele não, sou mesmo bem amiga dela, mas ele é tão assunto das falas dela, que eu já sinto como se conhecesse ele! Um homem que parece um sorvete de baunilha de tantas pintinhas (não me julguem mal é o que eu imagino quando ela fala da pintinha do nariz), que a depender da semana entende ironias ou não, que adora as coisas até não adorar mais e adorá-las novamente, apaixonado pela vida (e pela saúde de seus olhos), que comeria lasanha todos os dias, qualquer lasanha que não inclua molho branco (a não ser que qualquer um menos Ana faça, aí ele come), com grandes olhos de uma coruja filhote, esforçado, obstinado, responsável, cheio de caráter e cavalheirismo (até ter que lavar os pratos, aí ele te comove e te convence falando da vida difícil de pigmeus que nascem mais altos em suas tribos)..

Verdade seja dita, imagino alguém bem simples, cheio de bons gostos e carismático ou não teria cativado Ana como o fez!

E eu desejo tanto que a estória dos dois continue dando certo que sinto como se ela fosse minha! Me vejo olhando pra ele acordar, com aquele sorriso fingido (já que exceto Ana, ninguém acorda cedo feliz), me dizendo um bom dia muito mais sincero que o sorriso e me abraçando como se nada mais importasse, e findasse o bom dia com alguma piada sobre meu cabelo ou meus problemas respiratórios!

Eu acho que os velhinhos ficam assim, se gostam tanto que precisam se pirraçar.. Mas o abraço deles vai ser sempre como o primeiro, como o último.."

Pra ser sincera, eu não sei bem o que dizer, ou o que te dar de presente.. mas se você quiser e vier, pro que der e vier comigo, eu te prometo meu carinho imenso por você, enrolado em papel manteiga com uma fita vermelha.. hoje é o melhor que eu posso fazer!

Seja sempre feliz, e Feliz aniversário Alvin!