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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

This year it goes to me.. (Christmas Post)




E já é natal de novo.

Eu me lembro de com quantas dúvidas, certezas e lágrimas de felicidade e saudades eu escrevi o Christmas Post do ano passado. Eu não posso te dizer que eu mudei ao ter vindo pra um outro país, não posso! Eu estaria sendo injusta se atribuísse meu amadurecimento, minha responsabilidade, meus gostos à este ano neste Caldeirão de neve que me acolheu de braços abertos.

Eu tive uma criação que me ensinou bem a discernir certo de errado, uma criação que me ensinou a lutar pelos meus sonhos, lutar por merecimento (embora isso seja extremamente difícil de alcançar no Brasil), me foi ensinado desde cedo que nada seria fácil, me foi dado um ninho pra voltar sempre que preciso ou sempre que eu quisesse mas também me foram dadas asas, asas que me levariam aonde eu sentisse vontade de ir. Eu tive exemplos de bons corações em casa, não acredito que eu precisei ver e viver isso no exterior pra mimicar essas atitudes.

É inclusive mais fácil e confortável não ter que me preocupar com aluguel, e fazer compras do mês, dadas as circunstâncias nas quais eu vim pra cá, eu só teria que estudar, e isso eu sempre fiz de graça e com relativa satisfação.

Mas de cada amanhecer ao fim de uma noite longa é um dia a mais de aprendizado. E eu aprendi a sentir saudades dos meus com todo o meu coração, aprendi a ser mais tolerante, conheci outros aspectos de outras culturas (mesmo outras culturas do próprio Brasil) que eu nunca imaginei entrar em contato tamanho era meu preconceito sobre elas. Aprendi que o bom e o ruim vai depender sempre de quem conta a história, mas aprendi principalmente que você não precisa concordar, aceitar ou entender em momento algum pra respeitar um outro alguém, de fato se tem uma coisa que eu realmente absorvi o significado foi respeito.

Neste ano de Canadá, eu conheci um pouco de Índia, Japão, China, Nigéria, Canadá.. Conheci um bocadinho de Minas, de São Paulo, Rio, do Sul.. Melhor que tudo isso, eu transmiti pra cada pessoa com quem eu convivi um pouquinho da Bahia que eu sempre carrego comigo..

Porque eu acho que a vida é meio isso, essa troca constante! Não como uma substituição de valores ou absorção de valores novos, mas conhecer novas coisas, novas perspectivas já te faz alguém melhor, afinal um horizonte amplo não deixa suas ideias vagas, apenas te dá mais argumentos pra persistir ou desistir dos valores que você carrega.

Não posso dizer que meu ano passou rápido, ele talvez passou mais rápido do que o que eu esperava, mas quando você deixa seu coração fora do corpo guardado em outra casa, cada dia fora conta como se fossem cinco dias, às vezes um mês quando o dia é ruim..

Há muito tempo eu digo que eu ganho a cada ano mais um ano com cada um dos meus amigos, e sempre agradeço por ter vocês parte dos meus dias, parte das minhas risadas, das minhas lágrimas.. por me permitir fazer parte das conquistas de vocês.

Esse ano me mostrou um pouco do que vai ser mais na frente, quando eu terminar de crescer. Me mostrou que quem tem que estar do meu lado, vai estar do meu lado não importam os quilômetros. Me mostrou que eu vou sempre conhecer gente nova, que eu vou fazer bons novos amigos, que os amigos continuam com o tempo, e que você pode comprar o carinho de todos eles com um prato de torta de maçã quentinha e um café.

Eu não sinto falta do chão do Brasil, como não vou DEFINITIVAMENTE sentir falta da neve do Canadá.
Não senti falta de muita coisa de lá, e não vou sentir de tantas outras daqui!
A comida é importante mas tudo de material é substituivel por algum outro ingrediente ou até por alguma outra comida..

As pessoas fazem falta, os gestos, as sensações, os cheiros, algum detalhe de algum momento.. E é uma experiência que eu recomendo, sentir falta de tudo isso só pra sentir falta novamente quando você voltar mas de outros sabores.

Nesse quase natal, eu queria agradecer aos novos pelo presente de estarem comigo este ano, por terem me ensinado um pouco de vocês e levado um pouco de mim consigo.

Aos antigos, por me fazerem sentir amada e cuidada mesmo de tão longe, eu agradeço o carinho e eu espero que eu tenha respondido à altura.

À Lucas, não acredito que as palavras consigam transcrever de forma apropriada há um tempo.. Mas obrigada por ser o homem que você é, pelo seu respeito, pelo seu carinho, pela sua companhia.. Como eu já disse em outro conjunto de palavras antes, obrigada por ser alguém com que eu sinto vontade de ficar velhinha, caduca, e ainda contando as suas pintinhas assistindo você dormir..

Merry Christmas meu povo! :)

sábado, 19 de outubro de 2013

670



I like Dylan's voice.. but this one is unexpected pleasant on Adele's.

I need to feel something since I was a little girl. Needed to feel happy, smart, important.. needed to fall in love, and be loved. I don't know, feel a fulfillment sensation..

You all know how much I like proof, quantities, definitions, and measure things (not as much as him, but anyway).. I am here today to tell you what I've been trying to explain for a while. It is hard but I believe that after some research I've found a quite reasonable explanation.

When someone has a strong intuitive connection, Buddhism suggest that it's because of karma, some past connection.

A soul mate could be someone who has locks that fit our keys, and keys that fit our locks.. or just someone that break the locks and throw them away; when we feel safe enough to get rid of the locks, our truest selves step out and we can be completely and honestly who we are (even if that means call her at 2 am because of a bug in your ears or ask him to catch you up 3 equal straws for drink something without worries). We can be loved for who we are and not for who we're pretending to be. Each unveils the best part of the other. No matter what else goes wrong around you, with that one person you're safe in your own paradise.

It doesn't ever work. You can find your soul mate in some path and not be ready to believe, enjoy or even accept. But it's okay, you will find each other somehow, somewhere, through the time/space/life..

This soul mate thing, is an ongoing connection with another individual that the soul picks up again in various times and places over lifetimes. We are attracted to another person at a soul level not because that person is our unique complement but because by being with that individual, we are somehow provided with an impetus to become whole ourselves, and as consequence improve to something better (even if in that reality is not about romance).

We recognize a soul mate by the supreme level of comfort and security we feel with that person. That doesn't mean that there aren't issues that remain to be ironed out. Rather, it means we know intuitively that we can resolve issues with our soul mate without losing his/her love and respect.

People think that a soul mate is your perfect fit, and that's what everyone wants. But at the end, a true soul mate is a mirror, the person who shows you everything that is holding you back, the person who brings you to your own attention so you can change your life.

This is what I feel for you Alvin, a deep respect and affection that transcends the limits of my body, and I promise that I'll do my best to make you feel my love, everyday, and everywhere. You just have to remember you have my heart with you.

Happy 670, and happy 9862!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

..quantos por cento "Raul" você acordou hoje?



Volto hoje a narrar a estória de um outro alguém que não eu, coloco aqui e ali minhas ideias, mas vou tentar ao máximo usar meus super poderes de observadora para apenas observar e não modificar com minhas palavras o objeto dessas linhas que vocês lerão na sequência.

Raul é um homem entre Vinte e uns à Trinta e poucos anos, nunca realmente pensei em lhe perguntar sua idade (acho que é melhor assim ou daria espaço para ele perguntar a minha), ele não sei ao certo se está aonde gostaria de estar, com quem gostaria ou no lugar em que sempre sonhou, mas de alguma forma parece satisfeito consigo mesmo.

Eu poderia ter conhecido ele em uma série de situações: através de amigos, passando pela faculdade, em outro país, em alguma festa muito louca, em alguma festa extremamente comportada, atráves de alguma rede social.. Conheci Raul, entretanto, comprando pão e reclamando do tempo, conheci não é a palavra certa, a palavra certa seria notei Raul, porque a partir daquele dia me deparei com ele na faculdade, em festas, nas redes sociais e descobri "n" amigos em comum com ele.

Ele não parecia ser o mais engraçado, o mais popular, o mais inteligente, o mais bonito.. Ele poderia ser qualquer pessoa, e como toda pessoa ele era ninguém até ser notado (porque cada pessoa existe apenas como figurante até um dia ser coadjuvante de um episódio na vida de outro alguém). Mas ainda assim ele continuava aparecendo, resolvi então que isso não era por acaso e prestei mais atenção porque obviamente padrões me chamam atenção.

É muito mais difícil observar e apenas observar homens pra chegar a alguma conclusão. Eles não transbordam sentimentos em expressões, eles não te contam episódios da infância de graça enquanto você espera o suco ficar pronto na fila da lanchonete (salvo raras excessões). Raul era desses!

Descobri que ele cresceu na capital mas teve uma vida bem do interior, de futebol na rua, criado perto da vó, dos tios, dos primos, de namoro na porta de casa, de primeiro porre com vinho da semana santa. Ele foi quase criado só pela mãe, o pai nunca foi muito presente (e embora aparentemente essa ausência não faça muita falta é fator determinante de alguns aspectos na vida dele). Raul é um homem de fé, ele tem fé na humanidade e em seu infinito potencial e nada mais sobre religiões, sobre política sua fé na humanidade o acompanha quando ele acredita e luta pelo justo (sem excessos ou extremos).

Ele, eu descobri depois de mais uns dedos de prosa, tem quase dois ou três eles dentro do ele que a gente vê reclamando do tempo. Ele chora com músicas, palavras, gestos.. não qualquer um, mas os que de alguma forma tocam ele. Ele tem coleções de coisas incomuns, gosta de comer sempre metade de tudo o que você for comer (desde que não tenha que cozinhar) e se tiver, sabe fazer apenas 2 ou 3 receitas (que são muito boas e foram aprimoradas e especializadas com o tempo). Ele gosta de futebol, carros, mulheres mas não é isso a primeira coisa que vem na sua cabeça, embora esse seja o estereótipo padrão.

Se você prestar ainda mais atenção vai ver que ele não ama com facilidade (qualquer coisa, qualquer pessoa), mas quando ama é difícil de explicar e quantificar sua intensidade. Ele não pensa muito (não sobra muito oxigênio pra pensar), ele se doa, ele sente ciúmes, ele sai da zona de conforto sem perceber, ele vive tudo o que tem pra viver daquilo ou com aquela pessoa. Ele sofre quando por ventura as coisas rumam pra um caminho que não deveria. Como quando fraturou um osso do braço perto de uma competição e descobriu que não poderia mais competir ou quando sentiu seu amor por Taís indo embora e se esvaindo a cada briga até não verem saída senão se afastarem um do outro.

Ele pode não saber se faz o que sempre quis, se está com quem sempre quis ou aonde sempre quis estar. Mas eu me atrevo a dizer que essas três hipóteses são impossíveis de alcançar se a gente considerar o quanto as nossas vontades mudam. Não é qualquer pessoa que tem o suporte de jogar tudo pro alto e fazer o que quer que tenha vontade naquele momento, mudar não é apenas uma questão de coragem, na vida real existem tantas incógnitas a serem consideradas antes de concretizar uma mudança coragem é apenas uma das muitas.

Mas Raul é feliz, eu digo, da forma como as coisas estão. Ele levou a vida da melhor forma que conseguiu e chegou aonde ele não imaginava que estaria (mesmo ainda não sendo aonde ele quer ou mesmo sendo completamente diferente do que ele pensou), ele chegou e mais importante ele continua indo.

E agora que aos meus olhos Raul não é mais ninguém, eu enxergo que Raul pode ser e é um pouco de todo mundo. Destacando suas experiências individuais (das quais ainda assim algumas são partilhadas), eu poderia ser ele e ele poderia ser você, porque no fundo todo mundo quer estar em algum outro lugar, com alguém (ou um outro alguém), ou fazendo alguma outra coisa.. ou tudo isso junto! As fundações das nossas satisfações são enterradas em perspectivas do que seria "se..".

Mas depois que a gente virou amigo eu me sinto na liberdade de dizer a ele que tudo poderia ser diferente muito bom ou muito pior. Se ele, eu ou você (já que somos todos Rauls), quiser mudar e puder, tente! Se não, se aceite enquanto protagonista dos seus episódios e viva cada um deles, e ache outros Rauls e continue acreditando nas pessoas, chorando quando sentir vontade, sorrindo quando for de sorrir..

Nunca mais vi Raul, apesar de hoje em dia ver ele em um pouco de cada amigo meu..

sexta-feira, 22 de março de 2013

Aos Noivos, meus SINCEROS Votos..


Eu passei um tempo olhando a folha de papel em branco antes de escrever para vocês, eu passei muito tempo decidindo qual música escolher, porque quando eu penso em vocês dois juntos, eu penso em sons de passarinhos, água da chuva, um rio passando, aquela buzininha irritante e adorável de bicicleta, penso em rock, jazz, violão, Lili cantando à capela nas manhãs de domingo como se ninguém estivesse ouvindo, penso nas gargalhadas contagiantes de Rafael..

Foi difícil! Cheguei então a conclusão de que não tenho nenhuma música que consiga sintetizar tudo o que eu vejo no sentimento de vocês! Mas tem uma versão, de uma música que eu mostrei a Lucas no dia que a gente começou a namorar, que sempre me faz sorrir e que eu acho que vai fazer bem ouvir lendo isso..

É igualmente difícil para mim, não me estender com as palavras, mas tentarei ser o mais breve que eu puder, até porque pôr amor em palavras é como querer engarrafar um sentimento que simplesmente não cabe nem no próprio corpo, nem na extensão do corpo do ser amado, que dirá numa garrafa!

Eu não sei explicar como é fácil gostar de vocês dois! Certamente muito mais fácil que escolher uma música ou me fazer não ficar escrevendo e/ou falando de forma infinita.

Falar sobre o amor é muito fácil, muito fácil mesmo.. Rimar sobre amor é fácil, cantar o amor é fácil, dizer "Eu te amo", personificar o amor na figura de um outro alguém, tudo isso é muito fácil! Viver o amor é mais difícil, e eu hoje, dou meus parabéns a vocês que fazem isso tão bem, que fazem isso de uma forma sincera e inteira..

Eu sinto muito, muito mesmo não estar ai e presenciar a festa, as comidas, as danças, as declarações de amor dos amigos a vocês e de um para o outro.. Mas agradeço, profundamente por já ter presenciado declarações dos dois lados de extremo afeto e carinho!

Queria dizer que não sei bem o quanto acredito em almas gêmeas, em destino.. Queria dizer que eu acredito nas pessoas, no que elas são, no que elas se tornam com o tempo, acredito (e isso, como muitas outras coisas, eu aprendi com Lucas) que as pessoas se encontram, "se vivem" e se amam por algum motivo! Acredito na fé que vocês tem nos seus ideais, acredito na beleza deles (mesmo discordando de alguns), acredito, mais que qualquer outra coisa, na felicidade de vocês e não existe o que eu possa desejar que eu já não veja nos olhos de vocês dois(só os filhotes, agora)!

Mas ainda assim, DESEJO, na forma mais completa, intensa e em Caps Lock da palavra; que o coração de vocês que há muito já bate como um só, vença todas as dificuldades, transborde de tanto carinho, aumente quando chegarem as crianças, mas principalmente que continue a ser um só regado de lagrimas, sorrisos e o que mais vier no caminho, até vocês ficarem bem velhinhos, caducos, Lili colecionando móveis/artesanatos completamente excêntricos e Rafael tentando convencer os netos a jogar com ele!

Me desculpem a ausência, mas se sintam abraçados! Eu fico feliz e emocionada por mesmo à distância, de alguma forma, fazer parte desse dia tão importante pra vocês!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

..E se a saudade for te visitar!




E já que eu passo meu dia inteiro em inglês os titulos das publicações serão de agora em diante em português!

Nestes -32º do irônico dia da Saudade, eu vim escrever de novo e pela primeira vez em terras deveras longínquas.. Eu já me mudei algumas vezes, eu já mudei de rotina, eu senti falta da minha mãe, já senti falta dos meus amigos, já senti falta de quem se foi.. Mas tanto a mãe quanto amigos são entidades eternas e transitórias, ambos foram feitos para estarem eternamente presentes mas não necessariamente fisicamente  quando você cresce dói, mas você tem que dar tchau pra mãe, tchau pro pai, um tchau meio até logo..  Mas aí sua vida começa a ser completamente diferente, independente do que outrora foi! Com os amigos a relação já começa diferente do que é com a mãe, você pode ver eles com uma frequência boa, ou até todos os dias, ele pode não estar lá, mas está.. a saudade é apenas uma questão psicológica pelo fato de saber que estando longe a pessoa não vai estar a uma ligação de distância pra saírem pra comer alguma coisa (é eu só saio pra comer..)!  Sinto saudades particularmente da minha vó, aquela LINDA! Mas essa eu não sei explicar, é uma falta comedida, porque como eu sei que ela não vai voltar lembrar dela e saber o quão especial ela foi pra todo mundo me deixa muito bem..

Tem uma outra saudade que é diferente..

Quando você cresce, e vive, conhece pessoas, lê coisas, conhece lugares, vai pra festas, bebe, passa mal, estuda, trabalha, conhece mais pessoas.. Você resolve quietar o facho e conhece alguém, e esse alguém vira alguém que você quer ver todo dia, que você quer contar todas as suas experiências.. Ai chega uma hora que contar já não serve e você quer viver todas as experiências que puder com esse alguém! Aí você tem que ir embora, por um dia, dois, uma semana, dois meses, um ano.. o tempo que for! Essa saudade hoje é o que dói um pouquinho mais! Porque quando você escolhe alguém, desse jeito estranho que a vida arranja, é porque você escolhe compartilhar uma vida no espaço de tempo que for saudável pros donos da escolha..

Se tem uma coisa que eu aprendi no ultimo ano, é que a gente só tem aquilo que a gente merece, e se a minha saudade é tão grande é prova de que o alguém que eu deixei no Brasil foi a melhor escolha que eu poderia ter feito, foi o melhor filme do Gato de Botas que eu já vi, foram as pintinhas de pele mais bonitinhas que eu já contei, o melhor beijo, o melhor abraço.. Até é claro, o próximo abraço dele!

Muito obrigada por todo o seu apoio, e carinho.. No dia da saudade o que eu mais sinto falta é de gritar Aaaalvin e você aparecer pela porta! :)